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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Dona Anelzina, Jacuipense a 70 anos!

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Dona Anelzina, nossa Rainha
Tenho certeza que para ela tudo passou muito rápido, apesar de terem sido até então sete décadas. Anelzina dos Santos Rios, popularmente conhecida como Dona Anelzina é a forasteira mais jacuipense que conheço. Casou-se com José Vilaronga Rios no dia 09 de janeiro de 1947, no povoado de Bonsucesso/Mairi e no dia 12/01/2017 mudou-se pra cá. Em um de seus cordéis, ela descreve sua primeira impressão do lugar e narra muitos fatos que vivenciou. E foram muitos.
Ela viu nosso pacato chão passar de Vila a Distrito e de Distrito a Município. Participou ativamente do desenvolvimento do local, sendo comerciante, costureira e funcionária pública. Coordenou as escolas por muito tempo e ao lado de seu falecido marido, Zé Vilaronga, participou da política também. Muitos foram os prefeitos de Jacobina e até mesmo deputados que se sentaram à sua mesa para almoçar e depois tecerem conversas sobre progresso e também as importantes amenidades. Para quem não sabe, foi Dona Anelzina quem pediu ao então prefeito de Jacobina, Gilberto Miranda, para trazer um colégio para São José, fato que se concretizou em 1976, com a fundação do GICOSAJE, atual Colégio Municipal de São José. Neste dia, além de Zé Vilaronga, Pró Netinha também testemunhou o pedido.
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Dona Anelzina e sua descendência
Comerciante, durante muito tempo foi dona de um dos únicos armarinhos da cidade. Dava cursos de corte e costura e em se falando de vida religiosa, sempre presente nos eventos e durante muito tempo serviu como ministra da eucaristia. Qual é o católico que nunca a viu sentada no mesmo lugar: na ponta do corredor do segundo banco da fileira da direita? Sempre incentivou seus filhos ao estudo e trabalho e este incentivo ainda hoje lega aos seus netos.
Dona Anelzina é uma figura única, uma representante histórica e cultural de São José do Jacuípe. Exímia contadora de histórias, tem uma mente incrivelmente lúcida aos seus 93 anos, coisa que falta a muitos idosos mais novos. Sua descendência é vasta: são três filhos, dez netos e catorze bisnetos. Some-se a isso dois filhos, quatro netos e uma bisneta adotivos. Madrinha de muita gente, Dona Anelzina é uma pessoa respeitada e admirada por toda a cidade. Inclusive este neto dela que vos escreve e por ela chamado de Pimbo. Caçula dos homens, quinto entre todos, tenho por ela uma admiração sem cálculo e uma amor sem preço. Tenho certeza que muitos unem suas vozes comigo em dizer que São José do Jacuípe se orgulha de tê-la recebido como filha.
Não é brincadeira não. Setenta anos! Não sei se devo parabenizar Dona Anelzina, pois eu acho que quem ganhou o presente foi São José do Jacuípe. Mas ainda assim, parabéns, vó. A senhora é nosso maior tesouro.

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